Da esquerda para a direita: Larissa (DPU), Humberto (SPU), Beatriz (Caixa), Adilon (Caixa) |
Entretanto, Beatriz Kauduinski Cardoso, da Caixa Econômica Federal, enfatizou que as famílias do Contestados deveriam evitar alimentar duas expectativas. “Primeiramente, a de que a solução será rápida. Nenhuma construção leva menos de 18 meses para ser concluída. Em segundo lugar, a casa para essas pessoas pode não ser construída nesse terreno, porque não é o único [terreno] público disponível na cidade”.
Ela e Pedro Francisco da Silva Rosa, chefe de Programas e Projetos Especiais da prefeitura de São José, explicaram que há “uma quantidade de terrenos institucionais que podem ser transformados em terrenos para habitação” e, para haver essa mudança, seria necessária a aprovação na Câmara de vereadores. “A vantagem é que ao redor dessas áreas já tem escolas, creches, postos de saúde, tudo construídos”, ponderou Rosa.
Rodrigo de Andrade, presidente da Comissão de habitação do município e membro da secretaria de planejamento, afirmou que serão construídas, nos próximos quatro anos, 2 mil unidades habitacionais voltadas para famílias nessa mesma faixa de renda em São José. Muito pouco para atender as 14 mil famílias que estão em uma lista de espera citada pela própria Adeliana.
Prefeita não se posiciona sobre como evitar o despejo
Representando o MPSC, o promotor de Justiça de São José, Jadel Silva Junior, sugeriu a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta, que envolveria a Ocupação, a Imobiliária Suvec (suposta proprietária do terreno), a prefeitura, a SPU e os demais atores do processo para garantir que não houvesse despejo até que a construção das habitações fosse concluída.
Adeliana questionou se essa seria a melhor solução, propôs uma negociação direta com a imobiliária e foi embora sem uma posição sobre como se daria a prevenção do despejo das famílias.
Fonte: Brigadas Populares.